Todo mundo tem aquele jogador menos badalado que acha craque. Pra mim, esse cara é Julian Brandt. Apesar de ter uma ascensão meteórica no futebol, o que fez o Dortmund desembolsar 25 milhões de euros para tirá-lo do Bayer Leverkusen em 2019, o alemão não é uma unanimidade a todos, nem tampouco considerado “mainstream” em terras tupiniquins.
Por isso, hoje quero explanar a respeito de uma qualidade deste atleta de 28 anos no qual me chama muita atenção: sua capacidade em achar espaços.
Esta primeira assistência é um exemplo explícito da facilidade e inteligência do jogo de Brandt. Bynoe Gittens (grave esse nome, será um dos melhores na posição no futuro) traz a bola da esquerda para o centro. O meia percebe o espaço deixado pelo Hoffenheim e se movimenta ao encontro do passe.
Aqui é o detalhe: antes mesmo da bola chegar aos seus pés, ele já percebeu a intenção de movimentação de Marco Reus nas costas da defesa. Mesmo com a bola quicando o passe de “chapa” é de primeira, acelerando a jogada e fazendo com que o companheiro saia frente a frente com o goleiro e conclua a jogada em gol com maestria.

Como todo bom camisa dez que se preze, não podemos deixar faltar nesta análise, passes atrás da linha defensiva, a famosa pifada. E por aqui, o jogador de 28 anos, tem muitos exemplos para serem mostrados. Este contra o Wolfsburg é clássico: passe entre os zagueiros centrais para a conclusão de Beier.

Nesta segunda situação, em uma jogada de contra-ataque contra o Celtic pela Champions, Brandt aproveita a velocidade de Karim Adeyemi para colocá-lo em uma situação privilegiada soltando o passe no timing perfeito da linha de impedimento, terminando com a conclusão no canto esquerdo de Kasper Schmeichel.

Apesar de ser um meia de criação, sua inteligência para encontrar lacunas nas defesas adversárias, não se limita a apenas situações com a bola nos pés. Como neste gol marcado na temporada 2022/23 em partida disputada contra o Borussia Monchengladbach, onde ele observa a brecha e se posiciona entre as costas dos zagueiros, facilitando a vida de Jude Bellingham, finalizando com a perna não dominante, golaço!

Na maioria das vezes ele é o arco, mas em alguns casos, também pode ser a flecha. Neste gol marcado, ele mostra inteligência para se posicionar no limite da linha de impedimento e receber o passe à frente. Na sequência, mostra habilidade para tirar o zagueiro e concluir a gol com um chute rasteiro no canto oposto do goleiro.
