De um tempo pra cá, observamos através da mídia a grande perseguição que Vini Jr vem sofrendo nos estádios espanhóis em questões de cunho racial. E logo de cara já adianto aos apressadinhos, certamente não é sobre isso que falaremos neste texto, até porque esta luta pessoal por seus direitos contra preconceitos é digna e todo movimento contrário a isso é totalmente repulsivo. 

Diante dos holofotes sobre esta questão policial e jurídica, outra batalha vem sendo travada pelo jogador e completamente ofuscada, e diferentemente da anterior, ela acontece dentro das 4 linhas.

Se você acompanha de perto as partidas do Real Madrid, com certeza já observou o quanto os adversários buscam tirar o atleta do sério dentro de campo. E não me entendam mal, futebol é jogo de contato e isso acontece a todo tempo, porém quem já jogou uma pelada sabe quando é na maldade, pra irritar a carta marcada.

Há pouco tempo, na disputa das semifinais da Supercopa da Espanha, tivemos um claro exemplo disso, onde até mesmo na imprensa, já era noticiado um duelo pessoal contra o lateral-direito espanhol Pablo Maffeo, no qual ocorreu em campo, cheio de empurrões, cartões e insultos para todo lado. 

E é aí que entra o “Efeito Neymar”. O nome já diz tudo, afinal o camisa 10 da seleção é odiado e perseguido a todo instante, seja por adversários, juízes e qualquer oponente, se tornando sempre o centro das atenções e não à toa em muitos momentos o futebol é quase esquecido por conta destes embates pessoais, onde muitas vezes vimos o ídolo santista perder a cabeça sendo expulso e rendendo uma má atuação por este fator.

Mesmo acreditando que o perfil temperamental de Vini é diferente, ninguém consegue manter o sangue de barata por muito tempo. E não demorou para a paciência do camisa 7 do Real Madrid se esgotar.

E isso preocupa. Preocupa porque isso pode prejudicar o grande crescimento individual do jogador, que passou rapidamente de mocinho para vilão em muitos veículos de mídia, fazendo com que ele seja pintado como “persona non grata” para os espectadores.

As reclamações com o árbitro são constantes, as provocações de ambas as partes (sim, Vini Jr também reage) ocorrem com frequência e até mesmo algumas situações de jogadas individuais sem sentido em áreas do campo que tem pouco efeito objetivo. Inclusive, este último vimos diversas vezes Neymar replicar não?!

Fique tranquilo, não sou inimigo do futebol arte, mas não tem coisa pior no mundo que saber que seu time precisa buscar um resultado e “do nada” ver um jogador priorizar uma batalha de X1 no meio de campo por questões alheias ao jogo.

Mas o que ele deve fazer diante de tudo isso? Realmente essa é a questão de milhões, mas acredito que o brasileiro deve ter um staff todo para pesar estas situações e pensar em alternativas para que isso não afete seu desempenho dentro de campo e consequentemente sua imagem.

Torço muito pelo Vini, mesmo não o conhecendo deixa muito claro em entrevistas ser um “menino” de bom coração. Espero que ele saiba lidar com toda esta situação e tenha atenção redobrada neste aspecto para que não repita o caminho trilhado pelo seu companheiro de seleção.

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