Estes dias, parei para refletir sobre qual prateleira do futebol o egípcio Mohamed Salah está inserido (sim, as vezes do nada faço este tipo de exercício) e fiquei realmente perplexo em perceber como seus feitos são subestimados. No Liverpool, o atacante já se tornou o quarto maior artilheiro da história do lendário clube e está a poucos gols de assumir a terceira colocação possuída por Gordon Hodgson, algo que pode ocorrer ainda nesta temporada.

Mais que isso, ainda no início da época, o jogador se tornou o único na história da Premier League a fazer um duplo-duplo (10 gols e 10 assistências) antes da pausa de natal no campeonato, além de também quebrar o recorde de seis temporadas diferentes conquistando os números mínimos desta categoria.

Aos 32 anos, o egípcio já conquistou todos os troféus possíveis pelo time inglês, incluindo a tão almejada Champions League, feito ocorrido em 2018/19, sendo uma das peças mais relevantes da era Jurgen Klopp que será lembrada no futuro, como a que trouxe de volta o clube aos lugares mais altos do futebol mundial.

Mesmo com todo este currículo, poucas vezes na minha vida cotidiana em um bate papo informal com qualquer pessoa que acompanha o esporte (até mesmo assistindo um programa de comentaristas), vi alguém dizer “Salah tem que estar entre os melhores jogadores do mundo” e aí entra a minha indignação.

Isso porque afirmo com todas as letras, que ele tem TODOS os preceitos para sentar na mesa dos nomes mais citados dessa categoria. Títulos? Confere. Gols importantes? Confere. Atuações marcantes? Confere. Números relevantes? Confere também. Mesmo fora dos critérios de escolha, não posso deixar de citar sua consistência, afinal é extremamente difícil manter um patamar acima da média por tanto tempo.

Mas então afinal, o que falta para Salah ser o melhor jogador do planeta ou até mesmo ser reconhecido como tal? Alguns dizem que pelo fato de ser um atleta africano e de “pouca mídia”, isso acaba atrapalhando sua relevância. Isso me lembra muito o que dizem de Rivaldo, porém mesmo sendo um cara “low profile” ele conseguiu uma bola de ouro em 1999.

Na minha opinião, o que lhe falta é jogar no Barcelona ou Real Madrid. Convenhamos, por lá, jogando o que joga, ele já teria conquistado o lugar mais alto do pódio. Longe de mim depreciar os Reds, mas é muito claro o quão especificamente para este prêmio, vemos um olhar diferente aos atletas que brilham nos dois gigantes espanhóis. 

Até o momento, o ápice de Salah no prêmio concedido pela FIFA, foi a terceira posição nas temporadas 2018 e 2021. Na France Football, o mais alto escalão ocorreu em 2022, sendo nomeado o quinto da lista daquele ano. 

Acredita que o jogador de 32 anos ainda pode vencer esta honraria? Deixe seu comentário abaixo!